Análise| A mensagem profunda de “Carros”.

Lucas "Neo" Fabiano.
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Tela preta, flashes de uma corrida eletrizada junto de uma narração avisando ao público de que o protagonista é a velocidade, não um raio, afinal ele é um relâmpago, não qualquer relâmpago porque ele é o Relâmpago McQueen, um jovem carro iniciante que em 1 temporada conseguiu conquistar o mundo das corridas e é um dos fortes candidatos a ganhar a Copa Pistão, um carro vermelho que da mesma forma que é um relâmpago nas corridas é um arrogante e orgulhoso que acredita que não precisa de conselhos e nem de uma equipe, mas sabemos que se sente solitário e isso fica evidente quando seu empresário o fala que irá fazer uma festa e que mandará convites para o McQueen e seus amigos, mas que amigos? O único que queria ser seu amigo é um caminhão que o transporta para diversos lugares onde o McQueen desconhece o valor disso e o ignora. Durante uma noite por mérito da coincidência que sabemos que é apenas o universo fazendo que é certo o nosso querido carro escarlate acaba saindo do trailer em meio a um sono e por uma confusão misturada com perseguição acaba caindo em uma cidade pacata na Rota 66 chamada de Radiator Springs onde mora uma pequena população de carro (pequena = 12 carros) que o acusa num tribunal e o obriga a reconstruir a estrada destruída pela sua perseguição na noite anterior.

Em meio a vários personagens engraçados e icônicos como o Matt e a Sally quero destacar a importância de Doc na vida do McQueen, pois durante o segundo ato do longa é revelado que o personagem é, na verdade, Hudson Hornet um velho carro de corrida que venceu 3 copas pistão e acabou se aposentando e sumindo do mapa por sofrer um acidente e ter sido trocado logo depois sem uma chance de provar que ainda era bom e isso traz um contraste forte para o protagonista do filme, afinal o personagem se gabava por ser um corredor, que iria ganhar a taça e tudo mais e quando ele percebe que aquele ídolo dele é feliz sendo alguém comum de uma cidade qualquer com as taças largadas numa casa e a única coisa que importa para ele são os amigos tudo muda no McQueen, ele percebe que todo aquele esforço não traria felicidade de fato para ele e que a verdadeira taça é a paz de ter uma vida no qual é feliz, isso é reforçado no final onde num ato de heroísmo McQueen desiste da corrida para ajudar outro corredor que sofreu um acidente ali percebemos que o arrogante carro escarlate virou uma verdadeira estrela, não da fama, não da riqueza, mas sim da vitória, naquele dia ele não venceu a corrida, mas venceu a vida, ele aprendeu a lição que muitas pessoas se recusam a aprender, se recusam a acreditar que riqueza, fama, taças e tudo mais não são o real significado da felicidade, a felicidade é conquistada a partir do momento que você se aceita como algo passageiro e sabe que irá partir rapidamente e decide aproveitar cada segundo, isso é refletido na cena onde McQueen visualiza a cidade no auge da sua população e fama e quando corre com Sally pelas estradas desconhecidas por milhares de carros ali o McQueen percebe que encontrou o amor, o amor romântico, o amor da amizade que conquistou da pequena comunidade e por fim o amor de viver, o amor de correr e aproveitar a vida vencendo as verdadeiras corridas da vida, as corridas que nos ensinam a ser melhores que nossa versão anterior e atingir a paz anterior assim vivendo a vida da forma mais plena que se existe. Na minha visão "Carros" Além de ser um dos melhores filmes da Pixar e um dos que mais me marcaram na minha infância é um filme com uma profundidade linda com uma mensagem inspiradora, afinal eu já fui um McQueen arrogante e orgulhoso e mudei, você que é assim pode mudar, todos merecem a segunda chance de serem melhores que sua versão anterior se tornando os seus próprios eu autênticos e vivendo a vida da melhor forma possível, sem dúvidas uma das mensagens mais bonitas do mundo das animações da Pixar e Disney.

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