Review Ragnariana #01: Tsuki To Laika To Nosferatu (2021)

 

2 de março de 1996 sem dúvidas é um dos dias mais tristes e inesquecíveis da história brasileira porque naquele dia a banda que tinha a missão de fazer todos rirem fez todos chorarem por sua trágica partida naquele maldito acidente aéreo que completou 28 anos neste ano. E como vocês sabem tivemos muitos conteúdos da banda após a tragédia e nesta matéria irei abordar estes conteúdos e tudo que ocorreu com a marca Mamonas após 2 de março de 1996, mas um aviso antes a matéria em questão ficou longa demais e então decidi dividir ela em duas partes, essa em questão será abordando o legado da banda de 1996 até o final dos anos 90 e a segunda matéria será sobre o legado da banda dos anos 2000 até hoje, então vistam suas roupas de coelho e Robin e vamos mergulhar nesta jornada.

INTRODUÇÃO: 1996 - A TRAGÉDIA AÉREA.

Quando se soube que o acidente do jatinho Learjet modelo 25D na famosa Serra da Cantareira era referente aos Mamonas foi um choque imenso para o país inteiro, programas como o do Gugu pararam tudo que estavam fazendo para transmitir a triste mensagem de que todos os integrantes do jatinho haviam falecido incluindo os 5 garotos de Guarulhos, os nossos queridos Mamonas Assassinas. Infelizmente, uma consequência que esse acidente trouxe foi algumas pessoas (ainda nos dias de hoje principalmente crente fervoroso) zombarem das mortes dos artistas e, em meio a isso, tivemos as fotos... As malditas fotos do acidente mostrando o estado do corpo dos cantores e eu infelizmente já vi os corpos e posso dizer que é um trauma principalmente para quem é fã da banda, pois todos sabemos que nenhum deles jamais mereciam passar por aquilo, infelizmente tentamos ignorar, mas esse acidente faz parte da história dos Mamonas e infelizmente o impossível existiu dessa vez, infelizmente aquilo não foi só uma pegadinha deles... Foi a realidade.

O LEGADO DOS MAMONAS ASSASSINAS NOS ANOS 90! 

No auge da carreira os Mamonas Assassinas não estrelaram nenhum tipo de produto ou merchandising, na verdade, os únicos produtos que tinha da banda na época eram os falsificados e após o acidente os Mamonas começaram a ganhar holofotes em produtos, álbuns de figurinhas, livros, quadrinhos, músicas inéditas, brinquedos e até ideias de filme para a banda já rolavam naquela época. A opinião do público foi controvérsia na época, mas o empresário da banda na época Samy Elia falou que não havia nenhum tipo de oportunismo nisso e que os produtos foram oficialmente feitos com a aprovação da família dos integrantes tendo toda a ajuda e lucros, já que as famílias mereciam usufruir das conquistas de seus filhos e parentes.

A seguir você terá uma lista sobre todos os produtos e homenagens que a banda recebeu naquele ano até 1999: 

A Empresa de brinquedos "Estrela" produziu um brinquedo da banda, o brinquedo em questão era uma meleca de plástico que foi batizada de "Pum-Pum Mamonas Assassinas". O produto foi um sucesso entre a criançada que até o final de 1996 vendeu mais de 300 mil cópias.

Curiosidade: O brinquedo foi relançado pela Estrela em 2020.

A Panini Brasil lançou um álbum de figurinhas que, até fevereiro de 1997, havia vendido 250 mil exemplares e 20 milhões de envelopes de figurinhas. O álbum também contava com fotos inéditas da banda, desenhos caricatos, curiosidades e uma HQ que falarei a seguir.

Os Mamonas ganharam uma HQ pelo cartunista José Alberto Lovreto, a história da HQ é mais sobre a origem da banda dizendo que os Mamonas Assassinas são aliens que vieram do planeta Mamona e foram mandados pelo Creuzebek para à terra para dar alegria a humanidade, no final da HQ o grupo completa a sua missão e Creuzebek dá férias para eles e a última arte mostra todos "Desnudos En Cancun" com várias mulheres desnudas também com o Dinho falando "E eles realmente acreditaram nessa história de acidente".

A banda também apareceu em um gibi da Turma da Mônica e curiosamente ela foi escrita ainda em 1995, porém ela só foi lançada dois meses depois do acidente, o que é uma pena, pois a banda gostava muito da Turma da Mônica e sem dúvidas ficariam felizes em ver eles mesmos numa história do Maurício de Souza.

Em julho daquele trágico ano tivemos um CD-ROM da banda aonde contém entrevistas, vídeos e imagens inéditas da banda, as gravações das músicas desde só o vocal até os instrumentos e por fim joguinhos eletrônicos da época e uma 

HQ inédita contando histórias da banda a partir de escolhas que o jogador deve fazer para a história seguir seu rumo. Até outubro daquele ano o CD já tinha vendido mais de 25.000 unidades.

Após o acidente trágico, a MTV Brasil lançou o VHS "MTV na Estrada - Mamonas Assassinas" que traz imagens de shows do grupo em turnê pelo Brasil mais especificamente a sua passagem em Porto Alegre (minha terra), esse documentário foi relançado para DVD em 2003 e ganhou bastante visualização por causa das citações de Dinho que previam o acidente.

Naquele mesmo ano de 96 tivemos três livros relacionados a banda que foram: 

"Mamonas Assassinas - Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada". Esse aqui sem detalhes, afinal é o livro que sempre cito, nas postagens da série "Mamonas Assassinas Para Sempre".

"O Último Vôo - Uma Investigação Sem Limites". O livro escrito pelo Saulo Gomes que denuncia todas as falhas humanas e técnicas que ceifaram as vidas dos integrantes daquele jatinho incluindo os Mamonas Assassinas.

"Pitchulinha, Minha Vida com Dinho - Até que os Mamonas nos Separem". O livro escrito pela primeira namorada de Dinho, Mirella, aonde foi lançado 45 dias depois do acidente que vitimou os meninos de Guarulhos o que gerou bastante revolta para os fãs da banda.

Já em 1997 tivemos o livro "O Breve Vôo de Longas Asas" que retrata a história da banda também.

Na parte da música tivemos homenagens como a canção "Tributo aos Mamonas" do grupo de pagode Só Pra Contrariar, liderado por Alexandre Pires.

O cantor Barrerito compôs a canção "Avião Assassino", em homenagem ao quinteto que lançou em 1996.

O Tiririca gravou a música "Ai Como Dói", em homenagem aos Mamonas, em seu disco lançando em 1997.

Os Mamonas e a Brasília amarela são referenciados na música "Festa da Música Tupiniquim", do disco Quebra-Cabeça, do cantor Gabriel o Pensador que foi lançado em 1997. 

Já no ano de 1998 o compositor Fabio Zambrana compôs a canção "Loco" incluída no disco "El Sapo" do grupo boliviano Azul Azul em homenagem aos Mamonas Assassinas.

Já a banda Titãs que foi uma grande inspiração para os Mamonas fizeram duas homenagens a banda que foram dedicar o seu álbum acústico MTV de 1997 aos Mamonas e em 1999 regravaram "Pelados Em Santos" para o seu álbum cover "Às Dez Mais".

Curiosidade: Essa música tem um clipe aonde aparece um monte de mina pelada com os peitos a mostra e ainda tem conotação sexual, é o Brasil dos anos 90 era outro nível.

Por fim tivemos os famosos álbuns/coletâneas da banda lançados nos anos de 1997 e 1998. O primeiro foi "A Fórmula do Fenômeno" aonde trazia músicas inéditas da banda Utopia (para mais informações clique aqui). Já o segundo álbum intitulado "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua" é focado nos Mamonas com 3 músicas inéditas (para mais informações clique aqui).

Não podemos esquecer que a banda ganhou dois troféus impressa em 1996 as quais são de revelação do ano e música do ano para "Pelados Em Santos". Infelizmente eles não puderam receber os prêmios e a atitude de Silvio foi respeitosa dizendo que o prêmio não valia nada para a família, mas que o verdadeiro prêmio seria se eles estivessem aqui.

Obs: Não coloquei revistas da banda, pois o foco aqui é os produtos realmente feitos pela marca Mamonas Assassinas.

No geral foi isso, amanhã eu irei postar o resto da história sobre o sucesso da banda após a sua partida então uma boa noite ou bom dia, tarde... Boa vida, ponto... Que? Foi só isso, pode ir embora, tá você não quer ir agora? Tá bom, aproveita seu tempo e clique num emoji ali embaixo, escreva um comentário e compartilhe para todo mundo... Agora podem ir... Tchau!.. Vai embora, xô! 

Dinho do além: "Pela mor de Deus pare com está porra!".