Utopia Para Sempre #4 - Análise do Único Álbum da Banda.

"Vamos fazer o possível para tornar 3 utopias realidades: A utopia do Brasil, que é estabilizar a economia. A utopia do mundo que é alcançar a paz e a utopia da banda Utopia, que é gravar um disco e viver profissionalmente como músicos, falou? Vamos lá!". - Alecsander Alves, Dinho.

  É praticamente impossível falar de Mamonas Assassinas sem falar da banda Utopia, e vice e versa, afinal tudo começou com essa banda e querendo ou não ela foi extremamente importante para a música brasileira, pois sem ela eles não teriam criado os Mamonas e sem eles não teriam aquelas músicas e palhaçadas no qual tiram um sorriso do nosso rosto. Então, hoje, nesta quarta parte da série "Mamonas Assassinas Para Sempre" iremos falar sobre este álbum incrivelmente subestimado, além de falar umas curiosidades legais da banda para vocês, porém antes disso devemos resumir brevemente a história desta banda e o que levou eles a fazerem o álbum. Então, sem enrolação, meus Creuzebek vamos partir para os Mamonas antes da baixaria começar.

A HISTÓRIA DA BANDA UTOPIA.  

  A banda Utopia foi criada em 1989 pelo baterista Sérgio aonde formava um trio com o seu amigo Alberto Hinoto e o seu irmão caçula Samuel e exatamente 1 ano após a criação da banda o Dinho entrou nela por meio de uma apresentação no qual alguém da plateia pediu para a banda tocar a música "Sweet Child O'Mine" da banda Guns N' Roses e como a banda não sabia cantar esta música então pediram para que um voluntário subisse no palco e cantasse a música, o homem que gritou "Eu!" Era o futuro homem, no qual seria o líder da banda e cantaria uma música sobre uma suruba portuguesa enquanto fazia uma dancinha usando uma roupa de Robin. Após isso, entraram na banda Márcio Araújo como o tecladista e Júlio César como o faz tudo da banda, ou seja, ele ensinava o inglês aos outros integrantes, arrumava os equipamentos, ajudava na parte técnica e ainda era o backing vocal e percussionista da banda. O Márcio ficou por pouco tempo na banda e acabou saindo devido á, faculdade e isso foi antes da gravação do álbum da banda, mas pela gratidão da banda ao amigo, eles colocaram ele na capa do álbum. Já o Júlio, além de faz tudo, virou o tecladista da banda.

 

A HISTÓRIA DO ÁLBUM HOMÔNIMO.

  O sonho da banda sempre foi gravar um disco e, em 1992, eles finalmente realizaram esse sonho (para mais detalhes, recomendo ler esta matéria na qual escrevi, é só clicar aqui), porém teve um problema, o álbum que eles fizeram foi um grande fracasso de vendas arrecadando apenas 100 unidades de 1000 unidades e isso junto de outros fatores afundaram ainda mais a carreira deles aonde quase desistiram da música, porém vocês sabem o que aconteceu depois né? CECAP, Creuzebek, EMI, 6 milhões de cópias vendidas até os dias de hoje, um fim trágico e um legado que está vivo até os dias de hoje. Enfim, após este breve resumo da história da banda e do álbum, vamos enfim mergulhar nas profundezas desta joia bruta não lapidada.

                    ANÁLISE DO ÁLBUM

FAIXA 1 - HORIZONTE INFINITO.

COMPOSIÇÃO: Alecsander Alves (Dinho).

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 51 Segundos. 

Horizonte Infinito (Análise dos instrumentos).

  Já no início da música notamos o talento de Bento na guitarra aonde faz solos que lembram Slash, já o Sérgio atravessa um pouco na bateria, mas o Samuel é o melhor na condução do baixo pulsante, resumindo a música traz um som mais caseiro, simples e gostoso de se ouvir e a adição do pandeiro junto do teclado nos shows da banda só melhoram a qualidade da música.

Horizonte Infinito (Análise do vocal e letra).

  Na parte do vocal, notamos que o Dinho canta de forma mais séria e grossa e isso talvez assuste algumas pessoas que não conhecem a banda, pois a voz grossa não lembra quase nada a voz chamativa e carismática do Dinho dos Mamonas Assassinas. Já os backing vocals temos de destaque o Júlio, que solta os agudos nessa parte da música.

  A letra da música fala sobre a desesperança no amor e na vida em si, mas foca mais no amor, principalmente nos versos: "Eu não vejo mais um horizonte infinito, já não sinto mais as suas curvas e gemidos" e "Quero ouvir frases malditas, quero ouvir palavras nunca ditas a ninguém". Uma música bastante emotiva e reflexiva até, afinal ela também fala sobre se esconder e não saber quem é você de fato, algo que infelizmente é muito comum neste mundo.

                         CONCLUSÃO  

  Está talvez seja a música mais famosa da banda inteira (ou talvez a segunda, pois nessa época já cantavam a versão demo de "Pelados Em Santos") e particularmente está é a minha terceira música favorita de todas da banda, ela reúne basicamente o que é o Utopia, uma banda séria, depressiva e o oposto que é a banda Mamonas Assassinas.

FAIXA 2 - UTOPIA 2.

COMPOSIÇÃO: Sérgio Reis de Oliveira.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 19 segundos.

Utopia 2 (Análise dos instrumentos)

  A música é puro funk eletrônico e é a música mais bem dançante da banda. Os destaques ficam, é claro, pela guitarra do Bento e o baixo do Samuel, mas o arranjo compromete a fluência da música, cheia de breaks malsucedidos e isso devesse pelo fato do álbum ser bem precário e de baixo custo, porém as músicas têm as suas versões ao vivo e também uma versão de estúdio que foi lançada numa coletânea que irei falar no final da análise e ali percebemos que a parte instrumental desta música e de todas da banda são simplesmente impecáveis.

Utopia 2 (Análise do vocal e letra).

  A voz de Dinho está mais dançante, o que traz um ritmo bem agradável, já os backing vocals do resto da banda são energéticos e combinam perfeitamente com o ritmo da música.

  Já a letra da música faz uma reflexão sobre o destino da vida e as escolhas que fazemos, ao mesmo tempo que dá uma leve crítica social à política do país. Vou dividir as mensagens da música em duas partes:

1 - A reflexão da música vem principalmente do significado da vida, onde um dos versos iniciais é: "Será que partimos de um começo pro fim ou se partimos de um fim onde o começo é assim" aonde o vocalista reflete se a vida é algo com começo e fim ou algo que já começou no fim de outra coisa (falando da possibilidade da reencarnação). Em outro verso da música o vocalista fala que se você não conseguiu algo tente outra vez e terá chances de conseguir e se não conseguir não adiantar tentar, porque a vida é assim e fala no final "Tudo vai tudo vem, mas nada vem ao seu lugar" fazendo uma reflexão a respeito do destino da vida que é um mistério que jamais será revelado para nós.

2 - Já a outra parte da música aborda sobre a descrença do povo pelos líderes políticos que falam na TV que irão mudar e melhorar o país, algo que sempre é mentira e isso fica evidente no verso: "Parece que ontem eu vi na televisão uma pessoa dizendo que a situação prometeu mil coisas além, mas eu não acredito e acho que você também" o que infelizmente ainda ocorre nos dias de hoje. Outro verso da música fala que o futuro (tanto da vida como na visão política) é bastante óbvia, pois é o mesmo destino que os nossos antepassados tiveram e que praticamente será o mesmo para as próximas gerações. Confira o verso, que curiosamente é a parte em que a banda inteira canta: 

Dinho: "Uma coisa é certa".

Bento, Sérgio, Samuel e Júlio: "Que podemos dizer"

Dinho: "O futuro da gente". 

Bento, Sérgio, Samuel e Júlio: "A gente pode prever"

Dinho: "É como o passado". 

Bento, Sérgio, Samuel e Júlio: "E outras gerações" 

Dinho: "É como diz o ditado, quem pode pode e quem não pode... ".

  Aliás, essa última parte pode remeter às classes sociais, aonde as pessoas de classe alta têm mais direitos e mais benefícios para o futuro e as classes baixas simplesmente têm que sobreviver, vivendo suas vidas lutando para não morrer desabrigado ou sem comida.

  Uma curiosidade legal desta música é que na parte do show do Thomeuzão no filme dos Mamonas Assassinas a banda canta essa música e não canta "Horizonte Infinito" e "Outro Lado da Vida" (mais detalhes é só ler a matéria que fiz sobre o show clicando aqui), acredito que a escolha foi pra dar mais aquele ar de rock na cena, o que funcionou. 

                         CONCLUSÃO

  Está faixa é a minha segunda favorita da banda inteira, ela tem tudo que remete a banda Utopia e tem um instrumental simplesmente maravilhoso para os ouvidos e com uma letra extremamente reflexiva basicamente o "Cabeça De Bagre II" dos Mamonas que poderia ser facilmente do Utopia se não tivesse a parte do "Mamona-na-nas".

FAIXA 3 - INCONSCIÊNCIA.

COMPOSIÇÃO: Samuel Reoli e Alberto Hinoto.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 10 segundos.

Inconsciência (Análise dos instrumentos).

  "Inconsciência" é uma balada de dor-de-cotovelo que é basicamente sobre dores e decepções tanto no campo do amor como na vida em si. Sobre os instrumentos eu posso facilmente dizer que é uma das melhores do álbum inteiro, simplesmente maravilhoso, a guitarra do Bento, a bateria do Sérgio e o baixo do Samuel formam um trio magnífico na música junto dos teclados de Júlio que conseguem dar um ar de rock e, ao mesmo tempo, de uma balada depressiva de forma magistral.

Inconsciência (Análise do vocal e letra).

  O vocal de Dinho é grosso e carregado de uma certa tristeza, já os backing vocals da banda são do mesmo nível, praticamente irreconhecíveis e não lembram nada o jeito alegre e energético da música anterior e dos Mamonas.

  Como falei ali em cima a música é uma balada dor-de-cotovelo e a letra basicamente fala sobre dores, decepções na vida e de como muitas pessoas se perdem no pecado e de como estão a vagar perdidos no mundo trancados em destinos imundos e fala também de se cuidar com as mentiras e falsidades das pessoas ao seu lado, mostrando o medo da traição. Mas um verso específico da música me chamou atenção, que é: "Nossos corpos sentem dores" e o jeito que ela é cantada é muito estranho, como se a banda tivesse previsto a tragédia que ceifou as suas vidas. E para alguém como eu que (infelizmente) viu as fotos do acidente, pode-se dizer que esse verso torna a música um pouco angustiante de se escutar.

                         CONCLUSÃO 

  "Inconsciência" no geral é uma música ótima e de certa forma depressiva de se escutar devido à sua letra e de sua suposta previsão, mas mesmo sendo boa, ela não supera os níveis de qualidade das duas faixas iniciais e nem das faixas seguintes, tirando é claro a última faixa intitulada "Sabedoria".

FAIXA 4 - OUTRO LADO DA VIDA. 

COMPOSIÇÃO: Samuel Reoli, Alberto Hinoto e Sérgio Reoli.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 50 segundos.

Outro Lado da Vida (Análise dos instrumentos).

  Sem dúvidas, essa é a melhor música da banda e principalmente a melhor na parte instrumental. Os riffs heavy metal, pedais flanger da guitarra do Bento, são simplesmente sensacionais e só melhoram com a adição da bateria acelerada do Sérgio e os teclados do Júlio, que tornam a música simplesmente inesquecível.

Outro Lado da Vida (Análise do vocal e letra).

  O vocal de Dinho é melancólico e simplesmente traz o equilíbrio das músicas "Horizonte Infinito" e "Inconsciência". Já os backing vocals lembram bastante os backing vocals da faixa "Inconsciência" e ocorrem apenas no verso: 

"Se não tivesse me iludido
Teria sido melhor pra mim
Nem tudo que passou
Se pode explicar
Minha mente está confusa
Tudo gira dentro de mim
Como numa tempestade".

  A letra da música fala sobre depressão e solidão sobre como algumas pessoas não conseguem ser felizes mesmo vendo muitas pessoas felizes a sua volta, também fala sobre ilusões e de como isso pode machucar uma pessoa e fazer ela entrar em depressão, como término de relacionamentos, problemas familiares e outras situações.

  Curiosamente a música também pode ter outro significado, como se fosse uma despedida do nosso quinteto favorito e também de como eles estariam se sentindo a respeito de não poder voltar para este plano e cantar uma última vez e ver os seus familiares e pessoas que amam, e o verso que fala sobre ilusão pode ser a respeito dos Mamonas Assassinas aonde a ilusão pode ser o sucesso da banda que levou eles a estarem naquele jato que bateu na Serra da Cantareira e que se eles não tivessem se iludido com a fama e o disco eles não teriam sofrido o acidente e estariam vivos junto de suas famílias, porém aí vem a questão, o sonho deles eram ser conhecidos e viverem fazendo o que mais amavam que era tocar e cantar as suas músicas, então se estivessem vivos não seriam famosos já a nossa realidade é oposta, eles morreram, porém, criaram um legado gigantesco na indústria da música brasileira, ou seja, eles cumpriram o seu destino e só mostra que não tinha como mudar o final das suas histórias, infelizmente essa foi a realidade da banda.

  Aliás, essa música contém duas curiosidades bem legais e ambas são a respeito do videoclipe desta música, confira:

Curiosidade 1 - A banda chegou a gravar um videoclipe de baixo custo para essa música para tentar divulgar o álbum e mandou uma cópia para a MTV, onde foram ignorados. Anos depois a MTV gravou um documentário que mostrava a rotina da banda e curiosamente o documentário foi gravado no dia 2 de fevereiro de 1996, literalmente 1 mês antes do acidente e esse documentário é famoso pela previsão do Dinho aonde ele brinca citando o cantor da música La Bamba que morreu num acidente aéreo e tem a famosa cena aonde o vocalista fala para o cameraman o estado que o jato estava e brinca com Júlio falando "Eu era" quando o amigo perguntou se ele era o vocalista da banda Mamonas Assassinas.

Curiosidade 2 - O videoclipe foi dirigido pelo Júlio e nunca chegou a ser lançado para o público, tendo apenas algumas partes do clipe e dos bastidores aparecendo em documentários e reportagens que foram lançados anos depois do acidente. Confira algumas partes do videoclipe no vídeo de cima.

                         CONCLUSÃO 

  "Outro Lado da Vida" é a minha música favorita deste álbum e da banda inteira, ela tem um instrumental lindo e uma letra que gera muita emoção a nós fãs da banda e de certa forma é inspirador ver que mesmo depois de tantas tristezas e humilhações eles não desistiram dos seus sonhos e provaram a todos que o Impossível não existe.

FAIXA 5 - JOELHO.

COMPOSIÇÃO: Samuel Reis de Oliveira.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 18 segundos.

Joelho (Análise dos instrumentos).

  O funk "Joelho" é basicamente uma música dos Mamonas Assassinas que nasceu antes da hora e isso já é perceptível na parte instrumental da música. Bento flerta com o rock psicodélico em sua guitarra e tudo só melhora com a bateria acelerada do Sérgio, os timbres altos e sensacionais no teclado e a adição do pandeiro de fundo que torna essa música a mais deslocada deste álbum, o que é ótimo, pois essa música lembra o ouvinte que o grupo nasceu para cantar músicas engraçadas e não depressivas.

Joelho (Análise do vocal e letra).

  O vocal de Dinho é o mesmo timbre de voz das músicas dos Mamonas. Já os backing vocals ocorrem no final, com todos gritando "Nada me faz pensar" e "Joelho" e os timbres de voz são basicamente os mesmos das outras faixas deste álbum.

  Na parte da letra, a música não tem sentido nenhum igual à faixa "Debil Metal" do álbum dos Mamonas. A música fala repetidamente as frases "Nada me faz pensar" e "Acho que não tenho cérebro" tudo com um tom de humor, mostrando que a banda podia cantar qualquer coisa sem sentido e ficava algo fantástico e engraçado. Aliás, em uma das partes da música fala "Nunca olhei pra frente e falei desisto" algo que resume a carreira da banda. Numa parte da música também citam um espelho e a pessoa está olhando nele e depois falam "No meio das pernas, um troço esquisito, cabelo, cabelo, joelho, joelho". Dando a entender que a pessoa está em posição fetal de forma triste, ou é só zoação da banda e nada a ver com o que falei, nunca vamos saber.

  Já a versão gravada para o álbum dos Mamonas consegue melhorar ainda mais essa música, principalmente o Dinho que consegue cantar a música de forma mais cômica e ainda imitando o Pateta em algumas partes da música, é uma pena que ela não entrou para o álbum.

                         CONCLUSÃO 

  Confesso que achei a música fraca na primeira vez que escutei, pois, escutei ela após escutar o álbum dos Mamonas, mas após um certo tempo eu comecei a escutar mais e entendi a genialidade da música, no final não é a melhor faixa do álbum, mas é uma das melhores do Utopia e entre a versão do Utopia e dos Mamonas eu prefiro a primeira.

FAIXA 6 - SABEDORIA.

COMPOSIÇÃO: Sérgio e Samuel Reis de Oliveira.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 39 segundos.

Sabedoria (Análise dos instrumentos). 

 

 "Sabedoria" tem uma boa levada instrumental, com frases orientais da guitarra de Bento, já o Samuel pega pesado no baixo, com a bateria do Sérgio também pegando pesado, no geral o instrumental é mais pesado e mais rock, o que combina bastante com a música.

Sabedoria (Análise do vocal e letra).

  A voz do Dinho é mais grossa e canta de forma mais séria que o normal, sendo esta faixa a única que não contém backing vocals.

  Já a letra faz questionamentos sobre quem é mais sábio, os homens que fazem as perguntas e responde às dúvidas ou os homens que respondem às perguntas e entendem as dúvidas, só nessa parte traz um grande questionamento do que é realmente ser sábio e o que é sabedoria, algo que talvez não tenha explicação. No final o vocalista fala que não saberia responder às dúvidas, pois talvez não tenha entendido e fala que sua chance já foi e que as respostas para essas perguntas não valem para nada, pois tudo foi à toa e ninguém vai se importar, mostrando o pensamento das maiorias das pessoas a respeito das perguntas e dúvidas de outras, no final ele encerra a música com o seguinte verso: 

"Gigantes pequenos se escondem 

Atrás de um espelho sem brilho

Um trilho sem rumo a tomar 

O que irá se explicar?".

  Esse verso pode significar que muitas pessoas com futuros gigantes se escondem em vidas simples e caminham em trilhos sem rumos, preferindo esconder suas opiniões e ideias do mundo do que expressar elas.

                        CONCLUSÃO 

  Definitivamente, está não é uma música ruim, porém comparada às outras 5 faixas do álbum, ela é a mais fraca e digamos até a mais esquecível, porém ainda é uma música bem legal.

CONCLUSÃO DO ÁLBUM DO UTOPIA.

No geral, é um álbum bastante subestimado pelas pessoas tudo bem que a qualidade dele é bem longe do álbum
dos Mamonas
Assassinas, porém ainda, sim, é um álbum legal, claro que o principal problema é o baixo custo do álbum que é perceptível muitas vezes durante as faixas e é por isso que eu considero este álbum uma joia bruta não lapidada e também é um álbum (junto da banda em si) lançado num tempo errado aonde esse tipo de música já não era popular e também tem outra coisa, os meninos de Guarulhos tinham percebido isso depois do lançamento do álbum que é o fato deles terem nascido para brilhar no humor e não na tristeza e no fim isso levou
o Utopia
a se aceitarem do jeito que eram e virar o que sempre foram desde o início,
os Mamonas
Assassinas.


ESCUTE O ÁLBUM DA BANDA UTOPIA.


TUDO SOBRE O ÁLBUM/COLETÂNEA A FÓRMULA DO FENÔMENO!

"A Fórmula do Fenômeno" foi um disco póstumo, lançado em 1997, um ano após o acidente que matou os Mamonas. O disco em questão foi coordenado pela Mirella Zacanini, ex-namorada do vocalista Dinho, que ficou junto dele até o início do sucesso dos Mamonas (Após isso o vocalista ficou noivo de Valéria Zoppello) que trabalhou com a banda por alguns anos como produtora, e que o pai, Savério Zacanini, apresentou a banda diversas vezes em seu programa Sábado Show na Rede Record. Agora sobre o disco, o disco contém regravações do primeiro álbum, tirando a música "Sabedoria", já o resto do álbum são faixas inéditas que entrariam para um segundo álbum da banda que nunca ocorreu devido ao fracasso do primeiro álbum. Uma das faixas inéditas do álbum é a "Mina (Minha Pitchulinha)", a versão demo do icônico Pelados Em Santos.


CONFIRA AS FAIXAS DO ÁLBUM.

FAIXA 1 - Funk white.

FAIXA 2 - Em Algum Lugar.

FAIXA 3 - Joelho.

FAIXA 4 - Outro Lado da Vida.

FAIXA 5 - Horizonte Infinito.

FAIXA 6 - Vento Frio.

FAIXA 7 - Utopia 2.

FAIXA 8 - Venha Comigo.

FAIXA 9 - Loucas Idéias.

FAIXA 10 - Qual a Distância.

FAIXA 11 - Inconsciência.

FAIXA 12 - Mina (Minha Pitchulinha).

FAIXA 13 - Funk White (As Idéias).

  Basicamente todas as faixas inéditas são músicas do nível "Inconsciência" no sentido depressão tirando é claro "Mina" e "Funk White" que é bastante parecido com "Joelho" e curiosamente a última faixa desse disco é apenas os integrantes conversando no meio da gravação decidindo como será a música, tudo isso é claro de forma bastante cômica, uma escolha certeira para finalizar o álbum.

ESCUTE O ÁLBUM COMPLETO AQUI:


                   CONSIDERAÇÕES FINAIS.

  No geral foi isso meus Pitchulos e as minhas Pitchulinhas, foi bastante difícil fazer esta matéria por ser algo do Utopia e não dos Mamonas Assassinas e o Utopia não tem tantos detalhes de como foram feitos as músicas, curiosidades e essas coisas então é por isso que está análise é a mais curta das outras duas análises que fiz. Se você gostou da matéria reage a ela como alguma reação aqui embaixo, compartilhe para seus familiares e amigos e comentem, o gesto pequeno de vocês é um gesto enorme para mim e toda a equipe da Stone Nippon, mais uma vez muito obrigado e até outro dia.

LEIA TODAS AS MATÉRIAS DA SÉRIE MAMONAS ASSASSINAS PARA SEMPRE QUE FORAM LANÇADAS ATÉ O MOMENTO.

Matéria 1 - Análise do Álbum dos Mamonas (clique aqui).

Matéria 2 - O Show do Thomeuzão (clique aqui).

Matéria 3 - Músicas inéditas + Tudo Sobre o Segundo Álbum dos Mamonas Assassinas (clique aqui).

FONTES DAS INFORMAÇÕES PRESENTES NA ANÁLISE:

1 - O Álbum.

2 - Titio Google.

3 - O livro biográfico "Mamonas Assassinas: Blá, Blá, Blá — A Biografia Autorizada.

CONFIRA AS FOTOS DA BANDA MUNDIALMENTE CONHECIDA EM GUARULHOS, O UTOPIA.










Lucas "Neo" Alves.

"Apenas escrevo o que o coração diz". Futuro escritor de uma série de livros, romântico, cinéfilo e apreciador do Rei do Rock Elvis Presley, do Rei do Pop Michael Jackson, da maior banda brasileira de todas, os Mamonas Assassinas, junto da deusas Amy Winehouse e Marilyn Monroe.

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