BatCrítica [Repost] | Rocky III - O Desafio Supremo (1982)

BatCrítica [Repost] | Rocky III - O Desafio Supremo (1982)

Batman
Postado Por -
0



"Quando me venceu, doeu demais. Não queria saber de ninguém, nem dos meus filhos. Todos sabemos que dói muito. Ficamos doentes ao tentarmos viver com a derrota, portanto não se encolha. Lide com isso agora ou terá pena de si mesmo para sempre. Perdeu a luta pelas razões erradas. Perdeu a força de vontade. Mas a verdade é que você não estava agressivo. Quando nós lutamos, você tinha olhos de tigre... Tem que se recuperar, para isso você precisa voltar ao princípio." - Apollo

Um dos melhores diálogos do filme, que demonstra o real motivo de Rocky ter ganhando a luta contra Apollo e a explicação da desastrosa derrota em combate com Clubber Lang.

Após se tornar o novo campeão de pesos pesados vencendo Apollo Creed, Rocky Balboa conquista um feito incrível para a sua carreira - pelos números, é claro, visto que, eram bons lutadores, mas não eram "máquinas" como o Clubber -, defendendo o título por dez vezes, o que leva o pugilista a tomar uma péssima decisão, se aposentar. Rocky é desafiado por Clubber Lang, que era o primeiro no ranking e esperava ansiosamente pelo confronto. No dia da luta, o treinador Mickey sofre um ataque no coração e faz com que Rocky fique completamente desnorteado e abalado, desse modo sofre uma derrota humilhante. Em seguida, Apollo Creed oferece um plano para o seu antigo rival, recomeçar.

Neste filme, contemplamos o "auge" da carreira de Rocky, percebemos uma grande evolução em seu físico, porém, é evidente que o mesmo não possui a mesma garra, não é o mesmo "tanque italiano" (descrito pelo Mickey no primeiro filme), não é tão agressivo... e não conta com mesmos olhos.

Os melhores destaques são a trilha sonora e o treinamento, definitivamente marcantes e é notável como "Eye of the Tiger" - Survivor interliga com a mensagem do filme de uma forma brilhante, de uma maneira maravilhosa. A química entre Rocky e Adrian está melhor que nunca, o diálogo na praia é uma prova disso. A princípio, Rocky não tinha uma técnica, apenas lutava com a sua garra e potência, com treinos focados na resistência e na força, mas isso mudou. Resistência, rapidez e agilidade, resumindo em poucas palavras, Rocky precisava ser mais rápido e ágil, isso é muito bem trabalhado, o que faz ser o treino mais complicado, por virtude do aprendizado da técnica (Aliás, confesso que desenvolvi tanta afinidade por este filme, que considero o meu treino favorito da franquia, seguido de "Rocky IV". É o melhor e o mais emocionante, e muito disso se deve à presença do Apollo, o que eleva a qualidade em todos os sentidos).

A luta final é excelente, é nítido a evolução do Rocky, e é a partir daqui que vemos o verdadeiro auge da carreira do protagonista. Tenho um imenso carinho por esse filme, assim com os outros, comecei a gostar mais depois que entendi a mensagem e vi com outros olhos, por isso a nota é alta.

Se há um filme que elevou a qualidade emocionante da franquia, posso dizer com toda a certeza que Rocky III foi o responsável. Quando o assisti pela primeira vez, estava em uma fase da minha vida que refletiu em muito a minha visão referente ao filme como um todo. Até seus melhores momentos, que deveriam, ao menos, significar algo, foram apenas cenas superficiais na minha visão na época. Eu simplesmente ignorei toda a mensagem profunda e a real essência do longa-metragem e o considerei ruim. Hoje enxergo com outros olhos, mais do que a segunda vez que vi, e nunca imaginei que um filme poderia me impactar e me marcar tanto até os dias atuais. É incrível sua influência, tanto na trilha sonora espetacular - impossível não mencionar o maior destaque - "Eye of the Tiger" - quanto para a sua mensagem central, justamente interligada de forma magistral na música tema da franquia inteira. Afinal, automaticamente quando penso em Rocky, me vêm à mente as músicas, no geral, de "Rocky: Um Lutador" e de "Rocky IV", mas é inegável o poder e o brilho que essa música trouxe. Digo isso, pois, sem dúvida, é uma franquia que evoca inspiração do começo ao fim. E isso torna-se mais predominante ainda neste filme incrível. É até triste lembrar que já se passaram 40 anos... E imaginar que um dia, todos esses atores estavam no auge de suas vidas. Quando assisto esse filme, penso exatamente como o Apollo durante a cena final: É uma pena envelhecer.

É principalmente neste texto que percebo o quanto evoluí na escrita, pois hoje em dia, colocaria muito mais emoção como um todo no texto original para transmitir, ao máximo, meu real amor pelo filme - e a sua trilha sonora "de outro mundo". Porém, espero poder expressar um pouco este sentimento maravilhoso pelos meus parágrafos adicionais, e também pelos vídeos abaixo. Em suma, queria deixar claro que, a cada ano que passa, minha visão sobre o filme melhora, assim como minha experiência, satisfação e amor pelo mesmo.  




Este último vídeo transmite a real definição de "emocionante". Uma cena que ficou mais triste e significativa pela ida do Carl Weathers.

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)