Esta HQ continua a trama central da saga em relação ao retorno do Barry e como isso afeta principalmente o Wally, um fator que será bem trabalhado e de enorme importância nas próximas edições. Além disso, a reflexão da edição anterior (The Flash (1987) #73) serve como uma peça fundamental nesta narrativa, pois o papel da confiança é o elemento chave para a construção da história como um todo. Por isso, vamos para uma análise mais direta e que gira em torno desse aspecto, assim como sua história, em relação ao querido Velocista Escarlate...
Foi um choque assustador quando Wally West viu seu tio/mentor, uma pessoa que ele apreciava tanto, reaparecer depois de muito tempo, especialmente em um momento oportuno. Algo impactante, que não o empolgou de verdade, pois o processo natural do luto para ele não foi, de certa forma, tranquilo e suave, mas sim longo e doloroso, que deixou feridas internas que nunca cicatrizaram. Conforme o tempo, Wally ficou em paz com a memória de Barry, mas é de se imaginar que durante esse período houve uma luta contínua para a aceitação da perda que marcou tanto a sua vida. Apesar disso, Wally teve muito orgulho de seguir os seus passos, tendo a consideração necessária para, em homenagem, adotar o nome e a identidade do maior herói que ele conheceu. Um simples ato que honrou a memória e o legado do Flash - algo que mais tarde, se mostrará como a principal passagem para uma grande revelação na saga.
Além desse mero detalhe, é notável como se constrói toda a trama sobre o retorno do Barry, começando de forma mais tranquila e suave e desenvolvendo-se de maneira mais profunda e intensa. O mesmo pode ser dito acerca do relacionamento entre os dois protagonistas, visto que o Wally desconfia do "novo" Barry, duvidando se é que ele é mesmo quem diz ser e supõe que tudo que está acontecendo é muito bom pra ser verdade - talvez ele esteja certo. Apesar do Hal afirmar que tanto o anel quanto ele próprio acreditam que o Barry está falando a verdade, Wally ainda assim, suspeita e possui medo de que seja um truque cruel feito por algum vilão que está atacando seu maior ponto fraco: a paixão, admiração e respeito pelo Barry Allen, não somente seu tio, mas também seu mentor que o ajudou a desenvolver o seu amor por correr.
No final, o simples trabalho em equipe não foi o bastante para conquistar a confiança do Wally e até mesmo no leitor, já que ainda restavam muitas explicações em geral. No entanto, um fator inesperado a desperta no protagonista, a menção à sua tia Iris. Afinal, é neste momento que Wally percebe que está observando a verdadeira essência do Barry ao saber que ele tocou no nome de uma pessoa que foi tão agradável, importante e que tornou suas vidas melhores. Criando uma sensação "de volta às origens", com o trabalho em equipe sendo predominante a partir deste momento.
De fato, marcou de forma pura a felicidade de muitos ao ver o real retorno desse personagem tão memorável...
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