Crítica Nediana: Thor

Crítica Nediana: Thor

Ned
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Falae, galerinha do mal, beleza? Retorno aqui com uma breve crítica sobre o não tão saudoso primeiro filme do deus do trovão do MCU. Enfim, breve pois o filme não oferece grande coisa para se comentar. 

Sinopse rápida e cagada sobre o plot do filme: Thor era um príncipe asgardiano arrogante e vingativo, e numa de suas empreitadas em busca de vingança, acabou reascendendo desnecessariamente o conflito bélico entre Asgard e Jotunheim  (o reino dos "Gigantes" de Gelo, que nem são tão gigantes nesse filme). Por isso, Odin, o Pai de Todos, decide bani-lo de Asgard e privá-lo de seus poderes, o confinando em Novo México (que não fica no México que tu conhece, não senhor), no planeta Terra. Nessa humilde cidadezinha, acompanhado por um trio de cientistas e pesquisadores composto por Jane Foster (insert here: par-romântico-obrigatório.png), Darcy Lewis (um alívio cômico parcialmente eficiente) e Erik Selvig (o sugar daddy das duas meninas, eu suponho, na verdade eu tô nem aí), o deus do trovão passa por uma jornada "cativante" e iluminadora de autodescoberta, humildade e aprendizado, descobrindo que a vingança não é plena, mata a alma e envenena, etc etc, ao mesmo tempo em que se apaixona por Jane Foster por motivos de: Natalie Portman (não julgo). Enfim, arco narrativo manjado, só faltava ele dar as mãos e cantar Kumbaya no final. Enquanto isso, em Asgard, Loki planeja um golpe de estado e assumir o trono para si, ao mesmo tempo em que descobre suas verdadeiras origens.

Agora, vamos para a análise em si: desde as áridas e épicas eddas (contos nórdicos) originais passando para a psicodelia colorida de Jack Kirby na iteração original dos gibis da Marvel Comics, nunca ouve uma versão tão xoxa da deidade mitológica como essa. Tanto o roteiro morno como a direção insossa de Kenneth Branagh (que por algum motivo possui uma tara inexplicável pelo ângulo holandês nesse filme) contribuem para fincar esse sentimento de marasmo que o longa oferece. Nos quesitos técnicos, pode se destacar algumas coisas básicas tipo trilha sonora bonitinha, alguns cenários bonitinhos, CGI e maquiagem bonitinhos para a época, e para por aí. Branagh não consegue criar cenas de ação marcantes e vai pro estilo protocolar da época: cenas de ação picotadas (nada contra uma boa edição e jogo de câmeras, não sou desses que considera planos sequências a única forma possível de se filmar cenas de ação, mas esse é um caso em que é um picotado sem sal mesmo) com um slow motion ocasional pra passar um ar de "uau". 

Partindo para as atuações, é um desperdício atrás do outro. Natalie Portman em especial, é relegada a uma cientista novinha que se apaixona pelo protagonista com o qual não tem química ela só deu um beijão com gosto pois o Chris Hemsworth é um gostoso mesmo. O Erik Selvig de Stellan 
Skarsgård (tive que copiar e colar o sobrenome do Google) no máximo só tem uma breve cena interessante em um bar no qual ele encarna o arquétipo de wise sage (o velho sábio que dá conselhos para o protagonista), mas para por aí. O relacionamento entre seu personagem e a Jane de Portman também é bem raso. Não há muito o que comentar sobre a Darcy Lewis de Kat Dennings, ela é só um alívio cômico legalzinho. Odin, (interpretado pelo Anthony Hopkins em pessoa!!!!) está capotado boa parte do filme (até ele pegou no sono vendo esse treco, eu hein). Quanto ao protagonista em si, Chris Hemsworth consegue convencer quando seu personagem precisa passar a aura de alguém arrogante e pomposo, porém mostra limitação em cenas mais dramáticas e humanizadas, o que ajuda a diminuir ainda mais o impacto de uma escrita protocolar durante o clímax do filme. 

Porém, temos uma pérola no Loki de Tom Hiddleston. O ator britânico deu sorte de pegar o único personagem bem escrito do longa, e entrega uma sólida performance que faz jus ao deus da trapaça, com seus planos dentro de planos. O filme ainda dá uma motivação humanizada para o vilão, porém sem cair na armadilha de justificar demais suas ações. Continua sendo um vilão mimado e ponto, não importa o passado triste do coitadinho. 

Impressão Final: Kenneth Branagh tinha um baita material com o qual trabalhar, e decidiu nos entregar um filme digno da Sessão da Tarde. Quando digo Sessão da Tarde, não digo no sentido Meninas Malvadas. Digo no sentido "Aquele Filme Random que Passou na Globo Algum Dia, Tu Viu de Relance, e Esqueceu Uma Hora Depois". Começo bem aquém do potencial que o personagem tem a oferecer. O conteúdo do filme em si já não é lá essas coisas, e a direção não faz nada para tentar botar algum sal nesse arroz e feijão medíocre. Como diz o consenso: só presta o Loki. Talvez eu ainda prefira esse filme em detrimento de Amor e Trovão, por esse último ter sido uma decepção bem maior, mas há de se admitir: pelo menos Taika Waititi tenta algo, embora falhe. 

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