Mamonas Assassinas Para Sempre #1 - Análise do Único Álbum da Banda.

Mamonas Assassinas Para Sempre #1 - Análise do Único Álbum da Banda.

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"Eu me lembro como se fosse ontem, mas já são 28 anos desde o dia 2 de março de 1996, o dia que a gente mudou de lado, o dia que aparentemente a gente deixou de existir, de lá para cá meu amigo (a) tanta coisa mudou, naquela época lá não existiam essas coisa de rede social, smartphone ou carro elétrico, nada disso. Eu ainda penso e acredito que 8 meses, apenas 8 meses foram suficientes para que a gente acontecesse no Brasil inteiro, mesmo numa época sem nada disso, mas a verdade é que Eu, Sérgio, Samuel, Bento e Júlio, nós cinco nunca fomos embora e mesmo que aquele mundo de 1996 fosse bem diferente do que é hoje, foi possível estar vivos no coração de cada pessoa que encontramos, que cantou e pulou nos nossos shows, que trocou uma ideia com nós ou simplesmente riu de uma piada que a gente contou. Mas a real é que chegou a hora de vermos o que vai ser do mundo de hoje." - Alecsander Alves, Dinho.
 
 Infelizmente no primeiro sábado de março de 2024 completou 28 anos desde o trágico dia 2 de março de 1996, o dia que o Brasil parou para ver em todos os canais de TVs da época a seguinte notícia: "Um acidente aéreo vitimou a banda irreverente de maior sucesso do Brasil, os Mamonas Assassinas. A banda havia encerrado a sua turnê pelo Brasil num show em Brasília e estavam voltando para a terra natal do grupo, Guarulhos, quando o avião acabou batendo na Serra da Cantareira."

   Era inacreditável está notícia, a banda havia conquistado o Brasil todo nos últimos 8 meses com o seu álbum, os seus shows e as suas apresentações em todos os canais de TV da época indo desde Faustão, Gugu até a Hebe Camargo. Os garotos eram alegres e bastante brincalhões que em meio as piadas também traziam mensagens de fé, como a vez em que Dinho desabafou num show realizado no Ginásio Thomeuzão, aonde o vocalista cita a luta que foi para chegarem ao topo da fama e de como foram humilhados pelo dono do ginásio por quererem fazer um show naquele lugar antes da fama. Nesse desabafo, o vocalista falou a frase que marca a banda e a geração dos anos 90 até hoje: "O Impossível Não Existe!" 

  Então em forma de homenagem a minha banda favorita que fez a missão de trazer felicidade ao povo brasileiro, eu (Neo) irei fazer uma análise sobre o único álbum da banda e irei falar sobre os verdadeiros significados de cada música e também falar de algumas curiosidades sobre o álbum também, mas antes de analisar as faixas, devemos saber um pouco mais da história desse álbum, enfim vamos nessa.

        MAMONAS ASSASSINAS - ÁLBUM

                 A HISTÓRIA DO ÁLBUM

  Em 1994, a banda Utopia havia morrido e a banda Mamonas Assassinas havia nascido graças a apresentação que os integrantes Dinho, Sérgio, Samuel, Bento e Júlio haviam feito no CECAP numa forma de promover a candidatura do amigo antigo da banda, Geraldo Celestino. 

  A apresentação estava normal até o Dinho subir ao palco com um vestido feminino e uma peruca loira e começado a cantar uma música na época chamada de "Demerval, O Machão" (sendo finalizada meses depois e com o seu nome trocado para "Robocop Gay"), o show teve uma recepção bastante positiva do público e algumas semanas após esse evento, a banda chamou o produtor musical e amigo de longa data da banda, Rick Bonadio, para gravar essa música e consequentemente a antiga música escrita por Dinho, chamada de "Mina (Minha Pitchulinha)" que acabou se tornando a maior Obra-Prima da banda, o famoso e icônico "Pelados Em Santos".
 
  Após as gravações dessas duas músicas, a banda retornou ao estúdio com uma música paródia de Roberto Leal que era intitulada de "Vira-Vira", e percebendo o potencial das músicas, Rick decidiu que iria produzir um álbum dos Mamonas Assassinas, porém ele iria precisar de mais músicas e após a criação da maioria das músicas do álbum, Rick mandou uma cópia das músicas para o chefe da gravadora EMI que inicialmente detestou as músicas da banda, diferente do seu filho (guardem bem essa informação) que escutou as músicas e amou elas (ao ponto do garoto compartilhar as músicas com os amigos, fazendo as músicas ficarem conhecidas na escola aonde ele estudava), e após a insistência do seu filho, o chefão decidiu gravar e mixar as músicas depois, é claro, de escutar novamente as músicas e também após presenciar uma apresentação da banda em uma boate, com os 5 integrantes vestidos de Chapolin Colorado.

  Após se resolverem com o chefão, a EMI levou o quinteto para os Estados Unidos para mixar o disco e fazer os ajustes finais, mas é claro que eles não eram os Beatles ou qualquer outra banda, mas sim os Mamonas Assassinas, então a viagem foi recheada de chapéus loucos, visitas inusitadas a Disney, piadas envolvendo a vida dos gringos, palhaçadas no meio do estúdio e tudo mais que você possa imaginar de um grupo do fundão da quinta série. O álbum foi finalizado e de 17 faixas, apenas 14 entraram no álbum, as faixas que entraram no álbum foram:

1406
Vira-Vira
Pelados Em Santos
Chopis Centis
Jumento Celestino 
Sabão Crá-Crá 
Uma Arlinda Mulher
Cabeça De Bagre II
Mundo Animal  
Robocop Gay
Bois Don't Cry
Debil Metal 
Sábado De Sol  
Vem O Alemão 

Já as faixas que não entraram no disco foram lançadas anos depois em coletâneas da banda. As faixas que foram cortadas são:

Não Peide Aqui, Babyparódia de "Twist And Shout" dos Beatles, e foi tirada do álbum pelos palavrões e também porque a EMI produziu o primeiro álbum dos Beatles.

JoelhoUma música da antiga banda Utopia que foi refeita para esse álbum.

Onon Onon: Uma música sobre um cara que não sabia fazer nada e decidiu virar presidente do Brasil, uma paródia da história do candidato a presidente na época, Luís Inácio Lula da Silva.

  O álbum foi lançado no dia 23 de junho de 1995 e conquistou vários recordes sendo a maior estreia de um álbum nacional na história, o terceiro álbum mais vendido da história do Brasil e o segundo álbum mais vendido da década de 90 com mais de 6 milhões de cópias vendidas até os dias de hoje. 

  Sendo feita o resumo da história deste álbum, vamos mergulhar nele e analisar cada faixa em forma cronológica, então siga os meus Pitchulos e vamos ver o que esse álbum tem a nos oferecer.

                ANÁLISE DO ÁLBUM 

FAIXA 1 - 1406.

COMPOSITOR: Dinho & Júlio Rasec.

INSTRUMENTOS: Baixo, Guitarra e Bateria.

VOCAL PRINCIPAL: Dinho.

BACKING VOCALS: SérgioSamuelBento e Júlio.

DURAÇÃO: 4 Minutos e 7 segundos.


ATENÇÃO CREUZEBECK, AO TOQUE DE 4 JÁ VAI, JÁ, JÁ, JÁ, JÁ VAI!!!

      1406 (Análise dos instrumentos).

  A música começa com o riff do baixo elétrico que é caracterizada pelas linhas de baixo do baixista Flea da banda Red Hot Chilli Peppers, sem dúvidas essa é uma das partes mais memoráveis da música (ao lado da voz de Dinho). O baixo em questão não foi gravado pelo baixista do quinteto (Samuel Reoli) e sim pelo guitarrista da banda, Bento Hinoto, conforme foi revelado pelo produtor musical da banda, Rick Bonadio.

  A bateria de Sérgio, foi gravada direta e não tem nenhum efeito. Já a guitarra foi um trabalho exaustivo para a produção e para o guitarrista Bento, além de ser bastante pesquisado, o instrumento teve duas partes gravadas para a música: A guitarra limpa, por exemplo, foi gravada com um amplificador mesa-boogie, e já a guitarra com distorção microfonada foi produzida com o distortion do mesa-boogie. Além disso, o punch da música é dada pela guitarra.

         1406 (Análise do vocal e letra).

  O Funk Metal que abre o álbum começa com o lendário "Atenção Creuzebeck, ao toque de quatro já vai, já, já, já, já vai!" E após o som dos instrumentos começarem o vocalista começa a cantar a música que é uma crítica sobre os desejos do consumismo da época, aonde também mostra a tristeza e chateação de um pai que não consegue realizar os sonhos consumistas dos filhos e cachorro e reclama da sua mulher que sempre quer comprar tudo que vê na frente e após isso vem o famoso refrão: "Money, que é good nóis num have, se nóis havasse nóis num tava aqui playando, mas nóis precisa de worká". 

  Esse refrão em específico é uma referência a música "Laika nóis Laika" da dupla de cantores brega Ponto & Vírgula.

  A música ainda tem outro refrão que é "Eu sou cágado veja só como é que é: Se dá uma chuva de Xuxa, no meu colo cai Pelé" que era uma frase que o vocalista tinha escutado de uma pessoa na época em que trabalhava como humorista do Geraldo Celestino.

  Já o backing vocal do resto da banda aparece apenas nas partes do refrão, aonde os quatro gritam "Money" trazendo um tom de voz bastante forte e energética para a música.

  Você deve estar se perguntando porque o título é 1406 e bom, isso é uma referência e sátira ao número de telefone (11) 1406, pertencente aos infomerciais do Grupo Imagem, que eram exibidas na extinta Rede Manchete, aonde vendiam produtos e acessórios, e a música em questão satiriza tanto o desejo do consumismo da época como também os produtos que eram vendidos como nos refrões aonde se fala do desejo da esposa de comprar tudo, os dois refrões em questão são esses:

"Tudo que ela olha a desgraçada quer: Televisão, microondas, micro-system, microscópio, limpa-vidro, limpa-chifre e facas Ginsu."

"Tudo que ela olha a desgraçada quer: Amber vision, frigi-diet, celular, master-line, camisinha, camisola e kamikase."

                         CONCLUSÃO

  A música em si na minha opinião é uma das melhores da banda e consegue resumir perfeitamente o que são os Mamonas Assassinas, também é uma música excelente para começar um álbum que tem a proposta de trazer críticas sociais em meio a piadas e também é uma das músicas mais energéticas da banda ao lado de "Jumento Celestino", "Cabeça De Bagre II" e outros que falaremos a seguir.

FAIXA 2 - VIRA-VIRA.

COMPOSIÇÃO: Dinho & Júlio Rasec.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Bateria e Teclado.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 21 segundos.

MANOEL, TU NA CABEÇA TEM TITICA, LARGA DE PUTARIA E VAI CUIDAR DA PADARIA.

   Vira-Vira (Análise dos instrumentos).

  A música começa com uma guitarra portuguesa, um realejo e uma panderola
sampleados no teclado: tudo bem baixinho para dar uma sensação de banda portuguesa que só canta em bar ou praça. E então após isso a guitarra do Bento explode junto da bateria de Sérgio aonde traz o som icônico que sem dúvidas nenhuma marcou uma geração inteira.

   Vira-Vira (Análise do vocal e letra).

  A música é uma paródia da música do cantor Roberto Leal (mais especificamente a música "Arrebita Arrebita") e isso fica evidente durante a discussão de Maria (Júlio Rasec) e Manoel (Dinho) aonde temos o verso cantado pelos outros 3 integrantes da banda que é o: "Arrebita, arrebita, arrebita" e o "Bate o pé, arrebita arrebita".

  Falando da letra especificamente, Dinho canta com um sotaque de português e fala sobre um homem que foi convidado para ir numa tal de suruba aonde acabou não indo e fez a sua esposa Maria ir no seu lugar e 1 semana depois a Maria volta para casa chorando e reclamando das suas dores (incluindo o fato de ter ficado monoteta por causa de um negão), Manoel zomba disso na música enquanto reclama que na vez que ele foi na suruba ele teve a sua bunda tocada e não comeu ninguém, Maria rebate Manoel muitas vezes na música e no final o nosso protagonista acaba sofrendo o mesmo que Maria e grita: "Aí como dói".

  A voz de Maria é feita pelo tecladista Júlio Rasec e é sem dúvidas uma das melhores coisas da música, Júlio consegue transmitir toda a dor e raiva de Maria sobre Manoel e sinceramente essa é a parte mais engraçada da música inteira. 

  A idéia da letra da música e da história de Manoel e Maria vem de uma piada do humorista Costinha, que está presente no álbum "O Peru da Festa 2". 

  Aliás, essa música tem 3 curiosidades bem legais.

 1 - Essa música foi o primeiro single do álbum e isso foi sugerido pelo filho do chefe da EMI, pois ele acreditava que está música seria o maior estouro da banda ao lado de "Pelados Em Santos". Não ironicamente ele realmente estava certo.

 2 - Muitos não sabem, mas essa música teve um videoclipe de baixo orçamento lançado na época aonde a banda não era tão popular, tanto é que o videoclipe é de baixa qualidade ao ponto de Júlio ter que falar para a sua vó, a seguinte frase: "Eu apareço, sim, vó, olha ali, no fundo".

 3 - Após 14 anos do trágico acidente aéreo, Roberto Leal fez uma música em homenagem á banda que se chama "A Festa Ainda Pode Ser Bonita" que também foi tocada na novela infantil "Chiquititas."


                          CONCLUSÃO

  Essa música é praticamente a minha favorita da banda ao lado de "Pelados Em Santos", "Robocop Gay" e "Vem O Alemão" e também é a música mais viciante para mim, sério o sentimento de alegria que ela traz para mim, é inexplicável e sinceramente eu só quero encerrar esse texto da faixa com um "Neste raio de suruba, já me passaram a mão na bunda... E AINDA NÃO COMI NINGUÉM!!!".

FAIXA 3 - PELADOS EM SANTOS.

COMPOSIÇÃO: Alecsander Alves (Dinho).

INSTRUMENTOS: Trompete, Guitarra, Baixo e Bateria.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: SérgioSamuelBento e Júlio.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 22 segundos.

               VOCÊ ME DEIXA DOIDIÃO.

Pelados Em Santos (Análise dos instrumentos).

  A música teve duas versões, uma, na época do Utopia, intitulada "Mina (Minha Pitchulinha)" e a versão dos Mamonas, a versão do Utopia era uma música mais lenta e brega com o vocal do Dinho lembrando bastante o cantor Reginaldo Rossi e já a dos Mamonas é um heavy-brega temperado com sazón e tequila.

  A introdução da música é o som de um trompete estilo mariachi que foi tocada pelo convidado especial Paquito, enquanto a melodia do trompete foi composta pelo Júlio Rasec e a partitura de duas vozes foi escrita pelo Rick Bonadio. O som do trompete além de ser ótima é sem dúvidas uma das partes mais essenciais da música e é um dos fatores pelo qual essa música é considerada a obra-prima da banda.

  Já no refrão temos a bateria, baixo e guitarra dos Mamonas se unindo e tornando a música calma em um heavy-rock extremamente viciante junto da voz do vocalista, além disso, podemos escutar o som de "Crocodile Rock" (de Elton John) na guitarra de Bento Hinoto.

  E neste momento a música que era apenas uma piada interna de Dinho se tornou uma obra de arte da música brasileira que é reconhecida por todos os brasileiros até hoje.

Pelados Em Santos (Análise do vocal e letra).

  A letra dessa música tem uma história no mínimo curiosa, pois não se sabe quando de fato o Dinho fez está letra, sabemos que o surgimento das gírias "Seus Cabelos é da hora", "Seu corpão violão" e o famoso "Pelados Em Santos" vieram de um primo seu que veio visitar a família em 1988, porém a música em si, tem 3 histórias diferentes.

- Segundo a Billie, amiga de Cláudia, noiva do Sérgio, ela jura que ouviu o Dinho cantar essa música já em 1990, porém isto contradiz com outras histórias, pois aparentemente a letra só foi revelada e terminada em 1992.

2 - A segunda história diz que o Samuel, a sua namorada Cátia e Dinho foram visitar o irmão do vocalista e lá o Dinho cantou o primeiro verso da música e depois criou o segundo verso fazendo uma votação para a moçada de qual carro era mais brega na opinião deles. No final quem ganhou foi uma Brasília Amarela de Rodas Gaúchas.

- Já a última história é descrita pelo livro biográfico da Mirella (A primeira namorada do Dinho), aonde ela diz que perto do final da tarde daquele dia Dinho teria ido ao apartamento dela (Na Praia Grande de Santos), mas como ele não era bem-vindo pelos pais da garota, o nosso querido vocalista teve que dormir nas areias da praia. E após este evento, Dinho teria dito que escreveu a música para ela e que a Brasília Amarela foi inspirada na Brasília do seu avô, o que contradiz com a história de Samuel, a sua namorada e o irmão do Dinho.

  Talvez a gente nunca vai saber a real história de "Pelados Em Santos", mas isso não importa muito, agora vamos falar sobre a letra e o vocal da música em si.

  A letra é basicamente sobre um cara que tenta de tudo para conquistar uma mulher porque ela é muito "Lindia, very, very beautiful", porém ela se faz de difícil fazendo o cara comprar coisas para ela como um "Reebok" e uma "Calça Fiorucci" e no final ela recusa o convite de entrar na Brasília Amarela.

  A música da época do Utopia era mais lenta e com a intenção de ser só uma coisa brega e cômica, porém na versão dos Mamonas a música tem um ritmo mais heavy-rock e com a música explodindo na parte do "Oxente ai ai ai" e aí depois ficava um silêncio e Dinho gritava o famoso "Você me deixa Doidião" e tudo isso com o backvocal dos integrantes da banda que juntos de Dinho cantavam essa música com a maior energia que podiam e demonstravam o quão amavam estar ali cantando essa música.

Curiosidade Legal: Essa música tem um videoclipe oficial que foi lançado depois do lançamento do álbum e o videoclipe sem dúvidas é uma das coisas mais memoráveis da banda, trazendo o humor dos integrantes e a lendária Brasília Amarela que se tornou a marca da banda.


                           CONCLUSÃO

  Sem dúvidas está é a minha música favorita da banda, é a que mais me dá emoção de escutar por saber que eles partiram tão cedo deste mundo, porém cumpriram a sua missão de trazer alegria a um país triste. 

  Está música é um dos hinos do mundo da música brasileira aonde mesmo se você não gostar da banda você vai saber cantar e pessoalmente pude ver isso de perto no carnaval aonde todos cantaram está música pulando e sorrindo, sem dúvidas uma das melhores experiências que já tive na vida.

FAIXA - CHOPIS CENTIS.

COMPOSIÇÃO: Dinho e Júlio Rasec.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Bateria e Baixo.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 46 segundos.

JOINHA, JOINHA, CHUPETÃO, VAMOS LÁ!

Chopis Centis (Análise dos instrumentos).

  A música nasceu do riff da guitarra do Bento aonde bebe da fonte de "Should I Stay Or Should I Go" (da banda The Clash), embora a sequência de acordes não seja exatamente a mesma. Já nas partes dos outros instrumentos podemos dizer que o destaque fica por conta da bateria de Sérgio que faz uma bela dupla com a guitarra de Bento, já o baixo de Samuel não fica tão aparente na música.

  Se lembra de quando falei da viagem dos Mamonas pros EUA? Então, essa música foi a primeira a ser mixada nos estúdios da EMI aonde abaixaram um pouco o som da guitarra para dar mais ênfase no sotaque baiano de Dinho.

Chopis Centis (Análise do vocal e letra).

  A história da música é sobre um homem de classe baixa, que trabalha como pedreiro e é quase analfabeto que adora ir ao shopping center junto da sua namorada, a letra em questão retrata muito do cotidiano dos integrantes da banda que adoravam ir ao shopping center.

  Já na parte do vocal, Dinho faz uma voz de baiano (curiosamente a sua família por parte de pai é da Bahia e ele nasceu lá inclusive) e fala na linguagem não culta, demonstrando a baixa escolaridade do personagem da música e isso fica aparente nas seguintes partes: "Eu di um beijo nela", "Pra mode a gente lanchar","Quando eu estou no trabaio" e "Às minha felicidade é um crediário das Casas Bahia".

  O backvocal é curto e só podemos escutar os Mamonas cantando juntos na parte do "Quanta Gente, Quantcha Alegria", mas curiosamente podemos escutar a risada do Samuel num determinado momento da música, o que é bem legal e demonstra que até eles riam das suas próprias músicas.

Curiosidade Legal: A música originalmente se chamava "Casas Bahia" e também num determinado momento da música Dinho cita o Arnold Schwarzenegger e o vocalista era bastante fã do ator ao ponto de falar isso nos shows e brincava dizendo que o ator fez o filme "O Exterminador do Teu Furo".

                         CONCLUSÃO

  É uma das músicas mais engraçadas da banda, não é uma música que eu escuto toda a hora igual as outras, porém ela tem o seu charme e é considerada uma das mais famosas da banda atrás apenas de "Pelados Em Santos, "Vira-Vira", "Sabão Crá-Crá" e "Robocop Gay."

FAIXA 5 - JUMENTO CELESTINO.

COMPOSIÇÃO: Dinho e Bento Hinoto.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Baixo, Bateria, Teclado, Acordeão e Triângulo.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, SamuelBento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 37 Segundos.

A MULTIDÃO SE AMONTOANDO EM CORO, TUDO GRITANDO: BAIANO, CÊ VAI MORRER!

Jumento Celestino (Análise dos instrumentos).

  A música foi criada dentro de um carro onde estavam Dinho, Bento e Júlio rondando por Guarulhos e o estalo da criatividade veio após os 3 quase atropelarem uma mula, isso tudo em 1994 ainda na época do Utopia e após gravarem "Pelados Em Santos", "Robocop Gay" e "Vira-Vira", o quinteto decidiu gravar está música também.

  Na parte instrumental além do destaque da guitarra de Bento Hinoto e a bateria de Sérgio Reoli, temos a participação de César do Acordeão tocando... Acordeão, já o Rick Bonadio faz o som do Triângulo, a parte do acordeão é sem dúvidas o que faz essa música ser diferente das outras músicas do álbum, sendo um Forrock de respeito.

  Já a base da música é levada por uma guitarra limpa, com efeito, Phaser e uma sanfona tipicamente nordestina, tudo misturado com intervenções da guitarra solo com pedal cry baby ou wah-wah.

Jumento Celestino (Análise do vocal e letra).

  A parte inicial da música é uma referência a música "Rock Jegue" de Genival Lacerda e foi gravada separada da música, uma espécie de demo antes de gravarem a versão oficial, Dinho na versão antiga só estava testando sua voz guia, mas ficou tão engraçado a banda falando: "De quem esse Jegue? De quem esse Jegue? De quem esse Jegue?" E o Dinho respondendo com um "Não é Jegue não, é um Jumentiu" que o Rick deixou essa parte na música.

  A letra conta a história de um baiano que decidiu sair da Bahia porque aquilo não era
o que ele queria então ele decide ir para São Paulo com o seu Jumento e após chegar lá o nosso protagonista decide reformar o Jumento pintando ele, colocando 4 ferraduras e para finalizar um Roadstar.

  Na parte final da música o personagem sofre um acidente com o jumento e acaba sendo caçado pelo povo de São Paulo, no final ele reclama o quão fudido está e se arrepende de ter ido para São Paulo, já o Jumento? Abandonou o dono.

  No vocal, Dinho canta como um genuíno repentista e o backvocal é só no início da música nas partes do "E dando uns peido fedorento" aonde os 4 integrantes falam "Vish, que bunda!" E "Pois tava de capacete".

  Ao lado de "Vira-Vira" aonde os integrantes faziam a dancinha do vira nos shows, em "Jumento Celestino" no momento aonde Dinho cantava "Instalei um Roadstar." Todos os integrantes da banda (exceto Sérgio) pulavam num grande círculo enquanto Bento e Samuel ficavam tocando com os seus instrumentos e o círculo só parava quando o Dinho começava a cantar a outra parte da música.

Curiosidade Legal: Essa música quase fez o chefe da EMI desistir da banda, tudo porque ele achava que a música era igual a Raimundos, mas ainda bem que o filho dele teve uma opinião oposta e a história seguiu o seu rumo normal (feliz e infelizmente).

                          CONCLUSÃO

  Ao lado de músicas como "1406" e "Vem O Alemão", "Jumento Celestino" sem dúvidas é uma das poucas músicas no qual recomendo escutar a versão ao vivo, pois além do teclado de Júlio ficar mais visível na música e o Dinho cantar a parte final sem fôlego, nos temos o famoso círculo dos Mamonas que é muito legal de se ver e ouvir.

 FAIXA 6 - SABÃO CRÁ-CRÁ.

COMPOSIÇÃO: Desconhecido.

INSTRUMENTOS: Violão.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: SérgioSamuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 42 Segundos.

SABÃO CRÁ-CRÁ, SABÃO CRÁ-CRÁ, NÃO DEIXE OS CABELOS DO SACO ENROLAR. 

      Sabão Crá-Crá (Análise da música).

  Essa é uma das duas músicas dos Mamonas Assassinas que não foram compostas por eles mesmos, na verdade, "Sabão Crá-Crá" é uma paródia de uma música instrumental chamada "Cuckoo Treme" que foi tema da série "O Gordo e o Magro" e a paródia em questão foi feita por alunos de alguma escola dos anos 70. A música só entrou no álbum porque o Dinho viu o Bento cantarolar essa música e gostou tanto dela que pediu para o Rick colocar essa música no álbum, Rick aceitou, porém, disse que a música seria uma vinheta bem curta com o violão sendo o único instrumento a ser tocado na música, a banda aceitou isso e todos se sentaram no chão do estúdio e começaram a cantar em coro enquanto Bento cuidava do violão.

  Sem dúvidas essa música foi a mais divertida de ser gravada, é nítido que todos os integrantes da banda estão se segurando para não rir, menos o Samuel que realmente riu durante a gravação. 

  Curiosamente essa música foi responsável por uma discussão entre Dinho e Rick, o motivo foi que Rick censurou o "Cu" do final da música colocando apenas um som de peido feito com a boca, Dinho detestou isso e até teve a ideia de colocar o "Cu" no início da próxima música ("Uma Arlinda Mulher") algo que Rick também recusou, no fim Dinho usava a parte do cu quando cantava essa música nos palcos e após isso o Dinho apresentava o Rick para as pessoas dizendo: "Ele foi o responsável por tirar o cu da minha música".

  No final essa música é uma das mais famosas da banda, sendo um sucesso entre as crianças dos anos 90 e 2000 e com esse sucesso a música participou da trilha sonora da novela "Malhação".

                          CONCLUSÃO

   Essa música é uma das mais viciantes da banda e é uma das músicas que mais define o humor da banda, na minha opinião essa música é uma das mais engraçadas do álbum e é com certeza a música mais perfeita para mostrar para uma criança que não teve o privilégio de escutar Mamonas Assassinas.

FAIXA 7 - UMA ARLINDA MULHER.

COMPOSIÇÃO: DinhoBento e Júlio.

INSTRUMENTOS: Violão, Guitarra e Bateria.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCAL: Júlio Rasec.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 19 segundos.

NUM MOMENTO CRUCIAL UM SÁBIO SOUBE SABER QUE O SABIÁ SABIA ASSOBIAR E QUEM AMAFAGAFAR OS AMAFAGAFINHOS BOM AMAFAGAFIGADOR SERÁ! 

Uma Arlinda Mulher (Análise dos instrumentos).

  Essa é a primeira e a única música no qual o Dinho toca um instrumento, em específico um violão com cordas de aço que foi gravado em dois canais. No primeiro canal, o som era acústico; no outro, o sinal passava por um amplificador valvulado para deixar o som mais "quente". Segundo o Rick, o arranjo da música foi para lembrar um rock balada americana do início dos anos 90

  Também temos a participação da guitarra e bateria na música, primeiro vemos a mistura de um musical calmo com rock fazendo uma alusão a música "Fake Plastic Trees" (1995) e também tem a estrutura da guitarra de Bento aonde faz o som da guitarra distorcida da música "Creep" (1993). 

  Curiosamente ambas as músicas são da banda Radiohead.

Uma Arlinda Mulher (Análise do vocal e letra).

  O título da música é uma referência ao filme de comédia/romance "Uma linda Mulher" (1990), já a letra da música é sobre um cara que ama a sua mulher e cuida dela ao mesmo tempo, em que lhe ensina coisas, a letra pode parecer só cômica, porém é bastante inteligente, principalmente com o seguinte verso: "Você foi, agora a coisa mais importante que já me aconteceu neste momento em toda a minha vida" e logo após esse verso o Dinho explica o sentido da frase "Um paradoxo do pretérito imperfeito complexo com a teoria da relatividade", ou seja, o verso anterior faz bastante sentido, pois usa o conceito da teoria da relatividade aonde a teoria aceita tanto o evento passado tanto o evento presente. A idéia de colocar isso na música foi do próprio Bento, pois ele fez faculdade de física por 2 anos em Guarulhos.

  No vocal Dinho e Júlio fazem uma dupla incrível novamente, na primeira parte da música o Dinho usa o estilo verborrágico do cantor Belchi enquanto o Júlio se apropria totalmente do estilo e da voz de Belchi ao ponto de ganhar uma vinheta própria que só foi revelada no álbum "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua!" Que foi lançado em 1998.

  Mas é claro que o momento mais icônico da música é o final dela, afinal a parte final da música é apenas um improviso de Dinho e Júlio aonde os dois apenas falam palhaçadas e uma delas foi zoar o Rick Bonadio e ali nasceu o famoso apelido "Creuzebek" que se transformou em uma das marcas registradas da banda.

Curiosidade Legal: Essa música foi responsável por popularizar a banda na escola do filho do chefe da EMI, sendo o maior sucesso da banda naquele território.

                          CONCLUSÃO

  Está é a música mais romântica da banda e sinceramente se você tiver um namorado ou namorada e quiser dedicar uma música a pessoa amada, dedique está música e se a pessoa não gostar dessa declaração de amor, termine imediatamente o relacionamento e viva a vida. Tirando a piada, essa música sem dúvidas é uma das músicas da banda no qual mais gosto de cantar e tocar no violão e um dia espero cantar está música na frente da pessoa amada, no geral é uma bela música.

FAIXA 8 - CABEÇA DE BAGRE II.

COMPOSIÇÃODinhoSérgioSamuel, Bento e Júlio.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Bateria e Baixo.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, SamuelBento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 20 segundos.

MAMONA-NA-NAS, MAMONA-NA-NAS, ASASSINA-NA-NAS, RÊ, RÊ, RÊ, RÊ, RÊ.

Cabeça De Bagre II (Análise dos instrumentos).

  Essa música é basicamente uma homenagem dos Mamonas para a banda Titãs e isso é notável graças ao título da música que é uma paródia da música "Cabeça Dinossauro" e caso você esteja se perguntando o porquê da música se chamar "Cabeça De Bagre II" é porque a banda iria gravar o "Cabeça De Bagre I" no segundo álbum junto de uma vinheta que é o grito de guerra dos Mamonas antes de se apresentarem (o "Mamona-na-nas") sendo tirada do "Cabeça De Bagre II". Infelizmente essas músicas junto do segundo álbum não conseguiram ver a luz do dia.

  A parte instrumental da música é sem dúvidas uma das melhores do álbum, os riffs da guitarra de Bento trazem referências a música "Baby Elephant Walk" de Henry Mancini e também a famosa risada do personagem animado Pica-Pau, já o baixo de Samuel foi gravado em linha por um pré-amplificador Gallen-Krueger e comprimido por um compressor valvulado TL-Audio, aliás o baixo foi o instrumento mais elogiado da música no círculo de amigos do filho do chefe da EMI, principalmente um baixista amigo aonde ele falou o quão difícil era trazer aquela melodia pro baixo.

  Com esses dois instrumentos misturados com a bateria potente de Sérgio a música ganha destaque principalmente por ser uma das músicas mais bem tocadas da banda (falando no sentido do som dos instrumentos), isso é claro ao lado de "Pelados Em Santos", "1406" e "Onon Onon". 

Cabeça de Bagre II (Análise do vocal e letra).

  Sem dúvidas essa música tem a maior crítica social de todas as músicas do álbum, primeiramente falando do quão o Brasil está louco e como toda a desgraça do país é "escondida" por causa de futebol e de como as pessoas se importam mais com isso do que com as coisas mais importantes que o país necessita falar como a fome, miséria e a incompressão, também temos uma parte aonde Dinho fala "A polícia é a justiça de um mundo cão" e na minha visão demonstra o quão a polícia pode ser boa e também corrupta ao mesmo tempo, afinal ninguém se importa com o estado do país.

  A música também fala de como o povo não tem escolha a não ser dar um voto de confiança aos políticos e que eles são o futuro do país (ou seja, demonstrando mais ainda a desgraça desse país) e chegamos na parte mais memorável da música que é o: "Quando eu repeti a quinta série, tirava E, D e de vez em quando um C, mais de 10 mil anos se passaram - se", a ideia desse refrão veio justamente de Júlio Rasec, pois ele acabou rodando na quinta série na sua juventude, mas na música ela tem um significado bastante profundo que é como o ensino escolar é falho e apenas serve para fechar ainda mais a mente dos jovens e caso eles queiram algo diferente eles serão obrigados a depositar a sua confiança num político mentiroso e tudo será para nada, um looping infinito que os Mamonas cantaram em 1995 e em 2024 ainda é um assunto pouco falado neste país.

  Já na parte vocal o Dinho canta com bastante energia e a sua voz acaba sendo mais grossa lembrando o Dinho da época do Utopia, já os backing vocals aparecem apenas na parte da quinta série e o jeito que eles gritam lembram bastante o Utopia e isso me leva a crer em uma coisa: Essa música é o Utopia do álbum dos Mamonas, e já "Joelho" é os Mamonas do álbum do Utopia. Coisa louca não é mesmo?

  Aliás, essa música tem 3 curiosidades bem legais.

1 - Originalmente essa música se chamaria "Kenguenk" por causa do riff da guitarra: Kenguenk, Kenguenk...

2 - Essa foi a música de abertura de todos os shows dos Mamonas e hoje em dia também é a música de abertura dos shows da banda Mamonas Assassinas: O Legado.

3 - Essa música foi feita na época em que o Brasil foi tretacampeão mundial e isso é citado na música, aliás o Dinho era tão de futebol que escreveu uma música chamada "Vai " para a copa de 1998, infelizmente o acidente aéreo impediu ele de lançar está música, porém na copa de 2018 essa música foi lançada oficialmente com a voz de Ruy Brissac, o ator que dá a vida ao Dinho no filme de 2023 e hoje é o vocalista da banda Mamonas Assassinas: O Legado.

                         CONCLUSÃO

  Essa música é uma das mais memoráveis deste álbum principalmente por causa da letra extremamente realista sobre o Brasil, uma música extremamente viciante de se escutar, porém, é uma música que jamais irá envelhecer não importa quantos séculos ainda restam para nós.

FAIXA 9 - MUNDO ANIMAL.

COMPOSIÇÃO: Dinho.

INSTRUMENTOSGuitarraBaixoBateriaTeclado, Violão e Panderola.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: SérgioSamuel Bento e Júlio.
 
DURAÇÃO: 4 Minutos e 8 segundos.

COMER TATU É BOM, QUE PENA QUE DÁ DOR NAS COSTAS.

Mundo Animal (Análise dos instrumentos).

  Antes da música começar, Dinho avisa a Creuzebek que a baixaria vai começar, mas, na verdade, ela já tinha começado há muito tempo. Falando da música em si, ela começa com o nosso querido Bento arrebentando na guitarra com amplificador Marshall e timbres pesados "Uma guitarra animal, pra combinar com o clima", conforme revelado pelo Creuzebek.

  Após isso entra o violão e o panderola, o destaque fica pelo último instrumento, pois ele foi tocado pelo Fabinho, da banda de pagode Negritude Junior e o som é no estilo da banda Beatles e o resto dos instrumentos tem um som mais pesado no início parecido com um Hard Rock, mas depois a música fica com um som mais Pop.

  No final da música também notamos uma referência a um trecho específico da música "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos.

Mundo Animal (Análise do vocal e letra).

  A letra da música é basicamente uma putaria com os animais aonde a música já começa no fogo com o verso: "Comer Tatu é bom, que pena que dá dor nas costas". E ainda tem os Mamonas falando e brincando com a vida sexual dos animais que vão desde o tamanho dos seios das Cabritas, o fato dos Cachorros comerem a sua própria mãe, até o sexo e o tamanho de um "Pintcho" dos Elefantes, isso sem contar com a zoação em cima dos Camelos, Vacas e Pombas, pois um tem as bolas em cima das costas, o outro, caminha deixando um rastro de bosta e o último caga em cima das pessoas.

  Porém, na parte das baleias os Mamonas Assassinas fazem uma puta crítica social referente a caça desses animais tão "Beautiful", com o Dinho zoando esses homens os chamando de cornos enquanto as Baleias são os opostos destes humanos.

  Já na parte vocal notamos que o Dinho imita o jeito do cantor Brega Falcão e os backing vocals com todos da banda só ocorrem na parte final da música com o famoso: "E as vaquinhas que por ondem passam deixam um rastro de booooooooooooosta."

Curiosidade Legal: Toda a vez que a banda se apresentava para o público o Dinho fazia referência a essa música quando o Júlio se apresentava dizendo: "Ele nunca mais foi o mesmo depois que uma pomba menstruada cagou em cima da sua cabeça", brincando com o cabelo vermelho do amigo.

                          CONCLUSÃO

  Talvez está seja a música mais "Cancelada" dos Mamonas Assassinas e tecnicamente quem cancela essa música é só fresco da geração Tik Tok, e para mim essa é a música que eu menos escuto do álbum, ou seja, só escutei umas 800 vezes e sei a letra de cabeça.

FAIXA 10 - ROBOCOP GAY.

COMPOSIÇÃO: Dinho e Júlio Rasec.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Bateria, Baixo e Teclado.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Dinho, Sérgio, Bento e Júlio.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 58 segundos.

ABRA A SUA MENTE, GAY TAMBÉM É GENTE!

Robocop
Gay (Análise dos instrumentos)
.

  A parte instrumental da música é bem rock'n'roll com um arranjo ala Elvis Presley (vulgo o meu maior ídolo de todos), diferente da música que tocaram na época do Utopia, pois a mesma era bem lenta e sem a energia da música final que entrou pro álbum da banda.
 
  Os instrumentos da música são muito bem tocados, a bateria de Sérgio e o baixo de Samuel tem ritmos bastante acelerados e cheios de energia, mas os destaques na parte instrumental ficam para o teclado de Júlio e a guitarra de Bento, primeiramente o teclado do Júlio tem notas mais aceleradas que combina bastante com a guitarra do Bento. Já sobre a guitarra, o Creuzebeck revelou que nesta música em específico ela foi gravada com um delay (junto da voz de Dinho) para soar como um eco das gravações de Rockabilly dos anos 50. O som da música é uma referência a música "Barrados No Baile" de Eduardo Dusek.

  Robocop Gay (Análise do vocal e letra).

  A primeira parte da música é praticamente uma gozação em cima dos gays (Não é o que você tá pensando, seu ser humano com mente poluída) fazendo piadas sobre bumbuns flácidos e pistolas de plásticos em formatos cilíndricos, porém a segunda parte da música é mais uma vez uma crítica social da banda aonde fala sobre homofobia e do fato das pessoas esconderem o seu verdadeiro eu por medo da reação das pessoas e isto é nítido nessas partes da música: "Abra a sua mente, gay também é gente", "Você pode ser gótico, ser punk ou skinhead" e "Faça bem a barba, arranque o seu bigode, gaúcho também pode, não tem que disfarçar".

  A parte da barba refere-se ao fato de que a sociedade fala que um homem para ser homem de "verdade" tem que ter barba e muitos gays se escondem usando barba para não sofrer preconceito, sendo alguém que não é, por isso que a música se chama "Robocop Gay" porque o personagem era um dos símbolos da masculinidade na época. 

  Já na parte escrita é impressionante como a letra da música é um poema de oitava com 7 sílabas e ainda usando Proparoxítonas. Sério, isso não é uma coisa fácil de se escrever e esses caras fizeram a música numa noite... Simplesmente lendas.

  Na parte do vocal o Dinho canta com euforia e com uma voz mais sedutora e no final da música aonde canta a parte:"Meu Robocop Gaaaaaaaaaay" o nosso vocalista canta sem fôlego nenhum e a voz do Dinho não teve nenhuma edição, ou seja, a música do álbum é, na verdade, a primeira gravação da música em formato bruto. Já os backing vocals da música fazem referência a música "Doce Doce Amor" composta pelo cantor Raul Seixas e gravada por Jerry Adriani.

  Aliás, essa música também tem 3 curiosidades bem legais.

1 - Durante os shows o Dinho cantava a música usando um vestido e uma peruca loira enquanto fazia vários movimentos considerados gays, também na versão ao vivo eles acrescentavam a melodia do "Piripiri" da Gretchen na música.

2 - Após a melodia do "Piripiri", Dinho ficava de costas para o público e a banda ficava em silêncio, naquele momento o vocalista estava orando e agradecendo a Deus pelo sucesso que a banda estava conquistando e após a oração, Dinho voltava a cantar a segunda parte da música.

3 - Parte da música foi inspirada pelo personagem "Capitão Gay" do apresentador Jô Soares e curiosamente a banda se apresentou no programa do , se tornando um dos momentos mais icônicos da banda.

                       CONCLUSÃO

  Essa música é a minha favorita ao lado de "Pelados Em Santos " e "Vira-Vira" e sem dúvidas é a mais famosa ao lado dessas outras duas músicas, uma música bastante engraçada e sem dúvidas, tira qualquer tristeza do seu coração na hora que você escuta ela, mas, também te faz refletir sobre como os Mamonas sempre traziam alguma mensagem forte na maioria das suas músicas, e conseguiam cantar isso para as crianças em programas de TVs da época.

FAIXA 11 - BOIS DON'T CRY.

COMPOSIÇÃO: Dinho.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Bateria, Baixo, Teclado e Trompete.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Júlio Rasec.

DURAÇÃO: 2 Minutos e 59 segundos.

SER CORNO OU NÃO SER? EIS A MINHA INDAGAÇÃO.

Bois Don't Cry (Análise dos instrumentos)

  Talvez este seja o título de música mais cretino e genial de todas as faixas do álbum dos Mamonas Assassinas, ela é uma paródia do título da música "Boys Don't Cry", da banda The Cure.

  A parte do instrumental resgata o som de uma balada brega, primeiro temos o retorno do trompete de Paquito na parte inicial da música, depois disso vem o som de violinos, piano e blins, tudo feito com um teclado com timbres bem sertanejos, aonde no final traz referências aos acordes de teclado ouvidos no filme "Contatos Imediatos de 3°Grau".
  
  Já na parte do rock notamos o uso de duas melodias, uma da música "Tom Sawyer", da banda "Rush", e a outra de "The Mirror", da banda "Dream Theater" (que era a banda favorita do nosso querido guitarrista Bento Hinoto).

Bois Don't Cry (Análise do vocal e letra).

  A letra é basicamente a história de um corno que está conformado com os deslizes do seu amor e que compara a sua figura e a da amada com a de um casal bovino, e sem dúvidas uma das músicas mais cômicas da banda e o verso mais engraçado de todos é o famoso: "E na cama quando inflama, por outro nome me chama, mas tem fácil explicação! O meu nome é Dejair, facinho de confundir com o João do caminhão.

  Já na parte do vocal, o Dinho performa a canção de forma parecida com o cantor Waldick Soriano, e na parte final temos um esplendoroso dueto entre Dinho e Júlio, aonde no final cantam a parte: "Ela é uma vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaca, eu sou um touroooooo."

Curiosidade Legal: Durante os shows, Dinho vestia uma sunga, uma gravata e um chapéu preto com chifres aonde saiam fogos pelas pontas.
                 
                         CONCLUSÃO

  A música mais realista dos Mamonas, uma música que atinge o coração de vários brasileiros cornos e cornas e sinceramente se você se identifica com essa música... Apenas sorria e limpe o seu chifre. Tirando a zoação, essa música é realmente muito boa e sem dúvidas uma das mais engraçadas da banda.

FAIXA 12 - DEBIL METAL.

COMPOSIÇÃO: Dinho, Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

INSTRUMENTOS: Guitarra e Bateria.

VOCAL: Dinho.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 5 segundos.

SUCKER!

Debil Metal (Análise dos instrumentos).

  Está é a primeira e a única canção do álbum aonde é 100% em inglês e também é a música que mais demonstra a habilidade do guitarrista Bento Hinoto, porque está música tem um riff de guitarra baseado nas músicas do Rock Pesado/Thrash, em específico a banda Sepultura.

  A habilidade do Bento é demonstrada principalmente nos shows da banda, aonde tocava a guitarra sem descanso nenhum e ainda pulando e girando enquanto o Dinho tentava atrapalhar ele, sério isso só demonstra o dom dele na guitarra, e ainda numa época sem aulas online e nada do tipo, ele literalmente aprendeu a maioria dos riffs de guitarra dentro do seu próprio quarto, sem dúvidas um dos maiores guitarristas do Brasil.

  O resto dos instrumentos não tem tanto destaque, porém a bateria do Sérgio tem o seu charme em certos momentos da música.

Debil Metal (Análise do vocal e letra).

  O título da música é um trocadilho de Heavy Metal/Death Metal com a expressão Débil Mental e a letra da música é só o Dinho falando um monte de besteiras em inglês, e esse inglês foi ensinado pelo Júlio, afinal ele já foi professor de inglês numa escola.

  A letra em si, é uma zoação em cima dos metaleiros da época, que se achavam a última bolacha do pacote e não sabiam a tradução de nenhuma música no qual escutavam, tanto é que uma das partes mais faladas na música é: "Can't you understand, boy? So, shake your head, sucker!". 

  Na parte do vocal temos o Dinho cantando num estilo parecido com o de Max Cavalera, o líder da banda Sepultura, o inglês improvisado de Dinho não é uma novidade deste álbum, afinal o Dinho conheceu a banda durante um show aonde ele cantou com a banda a música "Sweet Child O'Mine", da banda Guns N' Roses.

                        CONCLUSÃO 

  A música mais rock da banda e sem dúvidas a que mais faz as pessoas quebrarem a cabeça para entenderem a letra, o que só mostra ainda mais a genialidade da banda, pois ela conseguiu fazer os metaleiros escutarem e ainda mexerem as cabeças.

FAIXA 13 - SÁBADO DE SOL.

COMPOSIÇÃO: Pedro, Felipe e Rafael.

INSTRUMENTOS: Violão.

VOCAL: Dinho.

BACKING VOCALS: Sérgio, Samuel, Bento e Júlio.

DURAÇÃO1 Minuto.

MAS QUE VERGONHA, SÓ TINHA MACONHA.

Sábado De Sol (Análise da música).

  Sabe o filho do chefe da EMI? Então ele se chama Rafael e era integrante da banda Babá Cósmica e quando conheceu o Dinho e os seus rapazes, ele mostrou uma fita das músicas da sua banda para os Mamonas, o quinteto gostou de uma música em específico e pediram para o Creuzebek gravar, ele aceitou, mas com a condição da música ser uma vinheta igual "Sabão Crá-Crá".

  O violão fica novamente nas mãos de Bento, já os vocais foram feitos de formas mais caseiras com a música tendo duas versões, a primeira versão sendo gravada com o sotaque carioca enquanto a outra versão foi gravada com o sotaque guarulhense, a versão do álbum é a versão do sotaque carioca.

  A letra da música é basicamente a história de um cara que alugou um caminhão para levar os amigos até um lugar para comer feijão, mas quando chegaram lá se depararam apenas com maconha e maconheiros.

                         CONCLUSÃO

  Essa foi a faixa que mais me decepcionou quando escutei o álbum pela primeira vez, mas hoje compreendo a homenagem que os Mamonas fizeram ao garoto que literalmente fez eles serem aceitos pela EMI e se tornarem o que são hoje em dia... Lendas.

FAIXA 14 - VEM O ALEMÃO.

COMPOSIÇÃO: Dinho e Júlio Rasec.

INSTRUMENTOS: Guitarra, Baixo, Bateria, Percussão, Bumbo e Cavaquinho.

VOCAL: Dinho.

DURAÇÃO: 3 Minutos e 23 segundos.

SÓ DE PENSAR QUE NÓS DOIS ÉRAMOS DOIS, EU FEIJÃO, VOCÊ ARROZ TEMPERADOS COM SAZÓN.

Vem Alemão (Análise dos instrumentos).

  Essa foi a música mais difícil de se fazer, tudo por causa do ritmo do pagode que era algo que os Mamonas não sabiam tocar e por causa disso tiveram que pedir ajuda para alguns integrantes das bandas de pagodes da época, as bandas que ajudaram os Mamonas em questão foram o Negritude Júnior e o Art Popular.

  Na parte instrumental temos a inclusão dos instrumentos comuns em músicas de pagode como o Cavaquinho, Bumbo e Pandeiro, os instrumentos foram tocados pelos integrantes do Negritude Júnior e o Art Popular, mas isso não foi fácil, pois o som dos instrumentos atrapalhavam o som dos instrumentos dos Mamonas, "Era muito complicado misturar a guitarra do rock com o ritmo de samba e com todas aquelas percussões. A bateria também atrapalhava um pouco e achar uma levada pro pandeiro foi difícil pra caramba. A gente perdeu o maior tempão", disse o nosso querido Creuzebek.

  Mas todo esse esforço valeu a pena, pois essa música tem o som mais diferenciado do álbum e consegue trazer um equilíbrio perfeito entre o humor, pagode e rock,  principalmente na parte do rock durante os shows aonde a guitarra e a bateria tinham mais destaque.

Vem Alemão (Análise do vocal e letra).

  O nome da música é uma referência a música "Lá vem O Negão", do grupo Cravo e Canela (Aquela música do "Te catá, Te catá, te catá") e a letra da música é basicamente sobre uma mulher que abandona o namorado para ficar com um alemão, enquanto isso o ex-namorado fica falando o quão está triste por perder a amada, e com certeza o verso mais famoso e que define a música por inteira é o: "Subiu a serra, me deixou no boqueirão, arrombou meu coração, depois desapareceu, fiquei na merda, nas areias do destino, me tratou como um suíno, cuspiu no prato que comeu".

  Na parte vocal temos o nosso querido Dinho imitando de maneira cômica o jeito de cantar dos grandes ícones do pagode daquela época, na primeira parte da música o Dinho imita o jeito de cantar do líder da banda Raça Negra (Luiz Carlos), já na segunda parte o vocalista imita o jeito de cantar do Netinho de Paula, líder da banda Negritude Júnior. Essa música é uma das poucas músicas da banda aonde não tem backing vocals.

Curiosidade Legal: Essa música foi criada especialmente para o chefe da EMI (e também pra ex do Dinho, Mirella) porque ele queria um pagode no álbum e pelo trabalho árduo que essa música teve ela então foi escolhida para ser o encerramento do álbum.

                          CONCLUSÃO

  Essa é a minha quarta música favorita dos
Mamonas Assassinas, é uma das músicas que mais traz a atmosfera da banda e a história de fundo demonstra o quão os Mamonas eram esforçados no que queriam.

Fontes das informações presentes na análise

1 - O Álbum (obviamente).

2 - Titio Google.

3 - Revistas dos Mamonas Assassinas.

4 - O documentário "Por Toda Minha Vida: Mamonas Assassinas".

5 - O livro biográfico "Mamonas Assassinas: Blá, Blá, Blá A Biografia Autorizada".

ESCUTE O ÁLBUM DOS MAMONAS ASSASSINAS AQUI! 
       
    
             

Dinho, Sérgio, Samuel, Bento Júlio tiveram as suas vidas ceifadas por um terrível acidente aéreo ocorrido na noite do dia 2 de março de 1996.

Em apenas 8 meses eles conseguiram conquistar e marcar o coração de uma geração inteira desde adultos até crianças.

Os Mamonas fizeram mais de 190 shows em apenas 180 dias. Os shows de mais destaque da banda sem dúvidas foi o show no ginásio Thomeuzão e o último show da banda, no estádio Mané Garrincha, horas antes de entrarem naquele avião.

Os Mamonas participaram de diversos programas de televisão da época como o Jô Soares Onze e Meia, Domingão do Faustão, HebePrograma Livre e o Domingo Legal. Os programas registram recordes de audiência que jamais serão superados.
 
O seu álbum é um dos mais vendidos da história da música brasileira.

O seu legado permanece vivo, divertindo e emocionando milhares de pessoas até os dias de hoje.

APRESENTANDO A MAIOR BANDA BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS OS MAMONAS ASSASSINAS.  

A banda Mamonas Assassinas era composta pelos integrantes...

SÉRGIO REOLI
BENTO HINOTO
SAMUEL REOLI
JÚLIO RASEC
ALECSANDER ALVES, O DINHO

OS MAMONAS ASSASSINAS







                           
                                   



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